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Com menor liquidez, preço interno do trigo cai mais de 5%

Segundo o Cepea, negócios estão menores desde a greve dos caminhoneiros e logística pode deixar mais caras as importações

Os preços do trigo no mercado brasileiro acumulam quedas superiores a 5% neste mês, de acordo com os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base nos mercados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Os pesquisadores avaliam que o cenário atual é de menor liquidez, o que vem ocorrendo desde a greve dos caminhoneiros, no final de maio.

No Paraná, depois de registrar médias acima de R$ 1000 por tonelada boa parte do mês, a referência do Cepea para o preço do trigo ao produtor no Estado caiu para R$ 993,92 na última segunda-feira (30/7). No acumulado do mês, a desvalorização do produto é de 5,69%.

No Rio Grande do Sul, a tonelada do cereal vinha registrando cotações médias acima dos R$ 900, o que deixou de acontecer na segunda-feira (30/7). O indicador do Cepea fechou a R$ 887,61 a tonelada. A baixa nos 30 dias de julho é de 5,47%.

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De acordo com os pesquisadores, a indecisão sobre a política de preços mínimos de frete rodoviário limita as negociações com o trigo. Além disso, a demanda já não estava mais tão firme, já que o primeiro semestre tinha sido de mercado mais aquecido.

“Muitos compradores consultados pelo Cepea se mostram sem necessidade de novas aquisições. No geral, o ritmo de negócios diminuiu fortemente no mercado interno a partir de maio, quando as dificuldades logísticas se iniciaram após a greve dos caminhoneiros”, diz a entidade, em nota.

O que pode reaquecer o mercado, afirma o Cepea, é a importação, que deve ser maior. No mais recente relatório de acompanhamento da safra de grãos, divulgado no início deste mês, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o Brasil comprará de outros países neste ano 6,5 milhões de toneladas do cereal, 300 mil a mais que no ano passado.

E a mesma dificuldade de logística que inibe a realização de negócios no mercado interno, pode deixar mais cara o grão e os derivados. “Como a logística dos portos nacionais até o destino pode ficar mais encarecida, os preços finais do cereal e dos derivados devem subir também no mercado doméstico”, dizem os pesquisadores, no comunicado.

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