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Com foco nos fundamentos, milho inicia sessão desta 6ª feira com ligeiras quedas, próximo da estabil


Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram a sessão desta sexta-feira (18) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. Perto das 7h34 (horário de Brasília), as principais posições da commodity testavam quedas de 0,75 pontos

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram a sessão desta sexta-feira (18) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. Perto das 7h34 (horário de Brasília), as principais posições da commodity testavam quedas de 0,75 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,41 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,49 por bushel.

O mercado voltou a trabalhar do lado negativo da tabela depois dos leves ganhos registrados no dia anterior. Ainda nesta quinta-feira, os contratos do cereal subiram em meio aos bons números das vendas para exportação, que somaram 1.661 milhão de toneladas e ficaram acima das expectativas dos investidores, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão ainda informou a venda de 106,1 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos.

Apesar das informações vindas do lado da demanda, a projeção de uma grande safra nos Estados Unidos ainda pesa sobre os preços do milho. Os estoques também são elevados e contribuem para pressionar negativamente as cotações.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Demanda firme dá suporte e milho encerra sessão desta 5ª feira em campo positivo na Bolsa de Chicago

A sessão desta quinta-feira (17) foi positiva aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal exibiram valorizações entre 3,00 e 3,50 pontos. O dezembro/16 subiu mais de 1% e encerrou o dia a US$ 3,42 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,49 por bushel. O maio/17 trabalhava a US$ 3,56 por bushel.

Segundo informações da Granoeste Corretora de Cereais, as cotações foram sustentadas pela demanda firme pelo produto norte-americano. Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim semanal de vendas para exportação. E, na semana encerrada no dia 10 de novembro, as vendas do cereal somaram 1.661 milhão de toneladas. O volume ficou acima do esperado pelos participantes do mercado, entre 900 mil a 1,2 milhão de toneladas.

No acumulado da temporada, as vendas de milho totalizam 27.646,2 milhões de toneladas, ou 90% a mais do que há um ano. Em igual período de 2015 o volume já comprometido pelos americanos era de apenas 14.543,1 milhão de toneladas. O departamento ainda reportou a venda de 106,1 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos.

Ainda assim, a safra americana permanece como um fator de pressão sobre os preços. Na reta final da colheita nos Estados Unidos, a projeção é que sejam colhidas mais de 386 milhões de toneladas do grão nesta temporada.

BM&F Bovespa

Os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa encerraram a sessão desta quinta-feira (17) em campo negativo. As principais posições do cereal ampliaram as perdas ao longo do dia e exibiram desvalorizações entre 0,45% e 3,70%. O vencimento janeiro/17 era cotado a R$ 38,00 a saca, já o março/17 fechou o pregão a R$ 37,60 a saca.

Mais uma vez, as cotações foram influenciadas pela queda registrada no câmbio durante o dia. No final da sessão, a moeda exibiu perda de 0,08%, negociada a R$ 3,4189 na venda. Segundo dados da agência Reuters, os investidores permanecem atentos à perspectiva de aumento na taxa de juros nos EUA, o que pode atrair mais recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro.

Mercado interno

Enquanto isso, no mercado interno, a quinta-feira (17) foi de calmaria e ligeiras modificações nos preços do cereal. Em Avaré (SP), a saca voltou a subir, em torno de 15,38%, com a saca a R$ 38,10. Já em Assis (SP), o ganho ficou em 3,13%, com a saca do cereal a R$ 32,24. Na região de Sorriso (MT), a alta ficou em 2,08%, com a saca a R$ 24,50.

No Porto de Paranaguá, a saca do milho permaneceu estável em R$ 33,00. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas, o dia também foi de estabilidade.

De acordo com o pesquisador do Cepea, Lucílio Alves, o mercado do cereal passa por um ajuste nesse momento. "Estamos acompanhando a queda nas cotações, de forma geral, o que já se esperava diante da diferença de preços em relação ao mercado internacional. Além disso, temos um recuo nos números das exportações de milho em outubro", explica.

Conforme números da Secex (Secretária de Comércio Exterior), os embarques de milho somaram pouco mais de 1,102 milhão de toneladas em outubro. Inclusive, na última semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) revisou as suas estimativas de exportação de milho, de 20 milhões para 18,5 milhões de toneladas na temporada 2015/16, de fevereiro de 2016 até janeiro de 2017.

"O que implica em estoques de passagem maiores em janeiro de 2017. E as exportações continuam lentas, em novembro, temos uma média diária de 31 mil toneladas. Se continuarmos nesse ritmo, teremos um volume embarcado no mês de 620 mil toneladas do cereal, bem abaixo do registrado em novembro de 2015, de 4,8 milhões de toneladas", pondera o especialista.

Paralelamente, o pesquisador ainda destaca que a eleição presidencial nos EUA, que resultou na vitória de Donald Trump, impactou o dólar. "E isso também modifica os níveis de paridade de importação e exportação no país. Os vendedores já observam a possibilidade de reajustes positivos nas cotações aqui dentro e se retraíram, aguardando uma tendência. Contudo, essa postura não foi o suficiente para mudar o rumo dos preços", analisa Alves.

Diante desse quadro, Alves ainda acrescenta que, há possibilidade de estabilização nos preços nos próximos 60 dias. "Se isso não acontecer, veremos as cotações cederem devido à entrada da safra de verão. E esse ajuste nas exportações, que elevaria os estoques de passagem", completa.

Safrinha 2017

Em contrapartida, a alta do dólar também tem contribuído para a realização de novos negócios com a safrinha de milho 2017. "Temos captado alguns negócios, com a saca de milho a R$ 37,00", afirma Alves.

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